SPF
Os efeitos das estacoes do ano na minha pele
Será que as estações do ano influenciam a qualidade da pele?

Todos sabemos que a pele reage de forma diferente quando é exposta a um calor excessivo, um frio polar, à chuva ou às poeiras que se encontram no ar. Estes fenómenos que constatamos em todas as estações do ano foram comprovados cientificamente por um estudo publicado em março de 2018 no British Journal of Dermatology*. Após terem examinado mais de 80 voluntários, os investigadores chegaram à conclusão de que, de um ponto de vista celular, a proteína que ajuda a manter a barreira cutânea degrada-se mais durante os meses de inverno. É assim perfeitamente normal ficar corado ou ter as mãos muito secas quando está frio, porque a sua pele é diretamente afetada pelas mudanças do tempo e pelas estações do ano. Neste estudo, os investigadores explicam ainda que as células da pele contraem e sofrem alterações ao nível da sua superfície quando se deparam com mudanças de tempo.


Cada estação do ano implica constrangimentos diferentes para a pele

Cada estação do ano possui características próprias e a sua pele sofre os efeitos dessas variações de tempo. Para aclimatizar o melhor possível a sua pele, é necessário adotar uma rotina de beleza ligeiramente adaptada a cada estação do ano. Não nos vestimos da mesma forma no inverno e no verão e também não comemos exatamente as mesmas coisas, por isso, faz sentido adaptarmos também os produtos que colocamos na nossa pele.


Na primavera: eliminamos as toxinas acumuladas

É preciso ter cuidado com as estações do ano intermédias, a primavera, por exemplo, não é tão inofensiva quanto parece. Durante o inverno, a pele acumula toxinas por baixo da epiderme. Contudo, estas toxinas não são todas nocivas e algumas delas podem até ajudar a regenerar a sua pele. A eliminação das toxinas na primavera deve assim ser feita com moderação. Além disso, é necessário estar atento e proteger-se dos raios UV desde os primeiros dias de sol, que podem ser tão perigosos como os dias de verão, ou piores.


No verão: produzimos mais sebo

Normalmente, a primavera prepara a sua pele para o calor e o sol intenso do verão. Quanto mais a temperatura aumenta, mais a água se torna essencial para a saúde da sua pele. Existe apenas uma palavra de ordem: hidratação! A hidratação do rosto é importante, mas não se esqueça do resto do corpo. As pernas e os braços descobertos estão expostos aos elementos e vão precisar de tanta atenção como o seu rosto. Contudo, no que diz respeito ao rosto, deverá evitar os produtos gordos, visto que a pele tem tendência a produzir mais sebo durante o verão. Um creme hidratante demasiado rico vai reter as toxinas por baixo das camadas da sua pele. Deixe-a respirar!


No outono: procuramos alcançar o equilíbrio

Durante o outono, a sua pele irá obter menos vitamina D proveniente dos raios solares. O frio começa também a instalar-se. Para não chegar ao inverno com a pele seca, pode utilizar máscaras hidratantes com maior regularidade.


No inverno: lutamos contra a secura

Ah... o inverno. O frio, a neve, o vento... tantas variações climáticas que dificultam a vida da sua pele. Além disso, o choque de temperatura entre o frio e o calor cada vez que entra ou sai de espaços fechados agride progressivamente as diferentes camadas da sua pele. Em suma, o inverno é a estação do ano que representa o maior desafio para a sua pele! A pele produz muito menos sebo, a substância que cria uma película lipídica responsável pela proteção da pele contra as agressões externas. A renovação das células da pele ocorre mais lentamente. É preciso compensar esta falta de hidratação natural através de um produto hidratante mais gordo do que o habitual. Durante os meses mais frios, o creme de noite torna-se num aliado de peso. A pele do seu rosto é sensível, mas não se esqueça de cuidar também dos seus lábios, das mãos e do resto do corpo. Todo o seu corpo precisa de um bom creme hidratante, aplicado generosamente de manhã e à noite, de preferência após o duche.


* Estudo “Why People Experience Seasonal Skin Changes” publicado a 7 de março de 2018 no British Journal of Dermatology.